Escaldante

Sol de rachar: um dia de formiga

Pedro Pavan

Acompanhar o ritmo de um carteiro que trabalha na profissão há 34 anos não é fácil. Pior ainda quando o apelido do profissional é Formiga - em função da agilidade na entrega de correspondências - e a temperatura bate na casa dos 33°C.

Durante uma hora, na manhã da última terça-feira, eu quem percorri a Avenida Nossa Senhora das Dores, ao lado de Luís de Campos Ferreira, 56 anos. Já na saída do Centro de Distribuição dos Correios, na Avenida Dores, às 9h15min, o termômetro marcava 32,7°C. O protetor solar, fator 50, foi indispensável nas condições apresentadas.

Após sete quadras, e mais de 30 locais visitados, enquanto o bem-humorado carteiro apresentava muito fôlego e disposição, eu, com 26 anos, já estava exausto e com a garganta seca. A parada para hidratação foi uma necessidade na jornada. De casa em casa, de prédio em prédio, eram raras as pessoas que não conheciam o Formiga.
- Esse aí é mais conhecido do que erva-daninha - brincou Paulo Prado, que conserta bicicletas em uma loja da Avenida Dores.
E em determinado momento da jornada, aquela velha desavença entre carteiros e cães foi comprovada em uma residência.
- São raças que não se bicam - brincou.

Em frente ao Santuário de Schoenstatt, às 10h15min, Formiga, sob um sol de 33,1°C, seguiu bem-humorado:
- Faça sol ou faça chuva, vou estar aí, entregando a correspondência. Faz parte da minha rotina e gosto disso - orgulha-se o carteiro.

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